A educação que não liberta
A capacitação de professores das séries iniciais torna-se cada vez mais importante.
Nestes anos de magistério formando professores de Pedagogia, percebi por muitas vezes que o aluno tinha uma visão deturpada da importância das ciências sociais como história e geografia.
Ocorre que, infelizmente ao longo de nossas vidas fomos sobrecarregados por matérias como português e matemática. Existem "lógicas" para tal fato ocorrer.
Sabemos que para a classe dominadora o mais importante é que o cidadão(ã) não pense, não questione e aceite o regime como certo e justo. Se instrumentalizo o aluno através das ciências sociais para que possa entender todo o processo político social que deu origem ao nosso país forneço a eles ferramentas que o levem a questionar e a exigir melhores condições de vida.
Se dessemos um pouco mais de atenção as ciências sociais, não haveria tantos erros nas eleições.
Votamos em candidatos sem compromisso com a democracia e muito menos com o pais. Esses por sua vez põe em prática a lógica do colonizador capitalista do século XV, XVI.... Retiro tudo que posso e depois volto para a minha terra para viver.
Esse modelo perpetuou e perpetua a muitos anos.
Professores recebem os livros didáticos e em função da imensa maioria estar focados em matemática e português, não conseguem dar atenção especial as ciências sociais e biológicas.
Os próprios pais cobram desses professores e exigem dos filhos que sejam expert em matemática, pois o mercado assim o exige.
Como cobrar nossos direitos, como cumprir com nossos deveres de cidadão, como lutar para combater as desigualdades sociais, a corrupção, a divisão de terras, moradia, transporte, etc., se não sabemos por onde começar?
Formar professores mestres e doutores para trabalhar com as séries iniciais já passou da hora, pois os valores são agregados na mais tenra idade.
Acorda Brasil
Prof. Caetano
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