Destruição dos recursos naturais


No passado, as ruas eram apenas para encontros nos finais da tarde, pequenos grupos se aglomeravam e ali tratavam de negócios ou discutiam problemas corriqueiros.
Não demorou muito para que comerciantes com visão de futuro abrissem pequenos comércios, criando desejos e anseios que, aos poucos, se transformaram em necessidades de consumo.
A tendência é a aproximação das pessoas ao comércio em função da comodidade, das facilidades para se adquirir produtos sem perda de tempo, pois as necessidades básicas de alimentação são satisfeitas ali mesmo; além disso, todos podem se reunir sem ter que percorrer grandes distâncias ao cair da noite, o que atrapalhava muito os negócios.
Com o advento da industrialização, máquinas e equipamentos são desenvolvidos para melhorar a produção. Adubos e inseticidas são criados para melhorar as condições do solo e combater as pragas que atingem as monoculturas.
Ao camponês que produzia para sua própria subsistência, não praticando a monocultura, cuidando da terra porque esse era o seu único meio de sobrevivência, restou em função das dificuldades impostas pelo sistema capitalista de produção apenas a opção de abandonar sua propriedade para trabalhar como mão-de-obra barata nos grandes latifúndios. As espécies mais rústicas, que suportam as intempéries e resistem às pragas, são esquecidas em função da baixa produção.
O solo passa a ser explorado incessantemente, há uma valorização excessiva das terras em função da qualidade e por estarem próximas dos mercados consumidores.
A capacidade de suporte não é respeitada e o solo é utilizado até o esgotamento total dos seus nutrientes que deixam de estar disponíveis para a planta, necessitando reposição através de adubos químicos. Por outro lado, o baixo custo das áreas íngremes permite que sejam ocupadas tanto para moradias, quanto para projetos agropecuários. Esse fato também
contribui para o aumento da perda de solo pelo processo de erosão, acumulando sedimentos nos rios, lagos, córregos, represas, levando nascentes e cursos de rios a desaparecerem.
À medida que perdemos rios e nascentes, também afetamos a vegetação e, automaticamente, todos os seres vivos...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Meio Ambiente e o Bem-Estar

A parcelização e a disciplinarização do saber científico faz do cientista um ignorante especializado

SAIU DA CIDADE EM BUSCA DE REALIZAR SEU SONHO NA ROÇA - PARTE 1