LÁGRIMAS DE UM PAI

O segundo passo é conhecer a comunidade onde seus alunos estão inseridos, ou seja, partir de uma realidade única para entender o contexto geral, sempre procurando envolver não só os alunos nas atividades da escola, como também os pais.
Uma questão que ficou por muito tempo em minha mente à procura de resposta foi: por que os pais não participam das reuniões pedagógicas? Simplesmente porque as reuniões pedagógicas viraram um verdadeiro muro das lamentações, onde o pai vê o professor
com uma certa desconfiança. Ao sentir isso, o professor, quase que imediatamente, identifica o perfil dos filhos de acordo com o que vê na atitude paterna. Assim, logo vem a afirmação:
“também com os pais que ele tem... Só poderia ser assim!”
Lembro de um relato de minha esposa – que também é professora – sobre um pai que fora convidado, entre outros, a comparecer numa reunião da escola. Quando todos lá estavam, serviu-se chá e biscoitos Esse pai, já com a idade bem avançada, olhou para ela e, com lágrimas nos olhos, disse: “nós nunca fomos tratados assim”.
Essa realmente é uma experiência que marca não só a vida dos pais como também a de seus filhos. O aluno tem que sentir-se amado e, ao mesmo tempo, dono da escola. Uma escola em que ele pode sentir prazer de frequentar não só nos dias de aulas, como também nos fins de semana...

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