Obediência às leis da natureza torna a criança mais criativa



Assim, atividades práticas, como trabalhar com a terra, seria uma das formas de buscar essa aproximação. Para o cultivo do solo necessitamos de um conhecimento especial das leis da natureza. Cada espécie necessita de nutrientes que estão presentes no solo em maior ou menor quantidade. Este, por sua vez, necessita de água para ceder os nutrientes às plantas. A distribuição das chuvas está diretamente ligada ao tipo de clima de cada região e, por fatores como massas de ar, evaporação da água dos córregos, rios, lagos e oceanos e transpiração dos vegetais, contribuem para uma boa distribuição das chuvas. Quando esse ciclo é alterado, seja pela ação humana ou por fatores naturais, as plantas não se reproduzem e toda espécie de vida é afetada.
Não basta plantar, é preciso cuidar. Para tanto necessitamos de uma sequência de cuidados que exige paciência e atenção aos pequenos detalhes, obediência às leis da natureza torna
a criança mais criativa, mais observadora e mais paciente, já que ela passa a respeitar o ambiente onde está inserida, valorizando o que se produz e entendendo o ciclo da vida, pois compreende que cada cultura necessita de um tempo para germinar e crescer.
À medida que transforma o espaço e passa a produzir, a criança fica fascinada, porque percebe que a natureza não é estática, que tem vida e que a partir dela podemos originar outras vidas.
Para Oliveira:
[...] a natureza viva que se transforma no espaço e no tempo, que pode ser vista, sentida e, na maioria das vezes, tocada, fascina as crianças. O afastamento da criança da natureza tira muito da sua autonomia, diminuindo as oportunidades de ela descobrir e explorar o mundo sem tantos perigos. Ela necessita experimentar e manipular o ambiente físico [...] A criança precisa conhecer as estruturas da natureza, ver o que a rodeia e o que está no seu espaço circundante. A textura, a forma do caule, do tronco, das folhas, das flores, da grama, da relva, a madeira, a pedra, a terra, o pedrisco, a areia (OLIVEIRA, 2004, p. 49).

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