PROGRESSÃO AUTOMÁTICA

Hoje decidi fazer uma breve reflexão sobre o papel do professor.

O papel do professor é descomplexar, facilitar, buscar novas alternativas de ensino aprendizagem e ao mesmo tempo pesquisar profundamente sobre o assunto, mas nunca dar-se por satisfeito com as afirmações de pesquisadores que procuram mostrar caminhos a seguir rumo a uma educação de qualidade.
Confesso que aprendi as duras penas e infelizmente a nossa cultura ainda prende-se aos importados.
Importar um sistema educacional só porque em algum lugar como na Finlândia, ou Estados Unidos está trazendo resultados é fruto da ingenuidade dos nossos "mestres".
Realidade diferente, cultura totalmente oposta. Na Europa estuda-se não somente com o objetivo de receber um certificado, mas para obter conhecimento e cultura. Por outro lado no Brasil "estuda-se" para obter o diploma e conseguir entrar para o mercado de trabalho. Nesse caso a velha história se repete..."Você finge que aprende e eu finjo que ensino".
Se hoje muitos alunos são passados para as séries seguintes sem o mínimo conhecimento é porque um certo Presidente da República decidiu importar um modelo aqui denominado de progressão automática.
Os professores ficaram a mercê da diretoria de ensino que pressiona a escola a reprovar o menor número possível de alunos objetivando receber verba do governo. Este por sua vez pressiona a diretoria para mostrar que existe uma melhoria do ensino na escolas. Professores por sua vez recebem um bônus de acordo com o número de alunos aprovados. 
A pressão vem de cima para baixo e nesse caso fica difícil mudar essa realidade.


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